Astrophytum myriostigma: como cultivar o cacto Chapéu de Bispo

 

Chapéu de Bispo: cultivo, cuidados e controle de pragas no Astrophytum myriostigma, o cacto estrela ornamental.

 Astrophytum myriostigma

O Astrophytum myriostigma, conhecido no Brasil como Chapéu de Bispo, é um dos cactos mais fascinantes do mundo ornamental. Sua forma geométrica única, lembrando uma estrela de cinco pontas ou o chapéu usado por bispos, e a ausência de espinhos em muitas variedades, o tornam muito procurado por colecionadores e amantes da jardinagem.

Além de bonito, é resistente e pode se adaptar bem ao cultivo em vasos, jardins de pedra ou coleções botânicas, desde que receba os cuidados adequados.

Neste artigo, você vai conhecer todos os aspectos do cultivo do Chapéu de Bispo: iluminação, solo, rega, adubação, propagação, floração e, principalmente, como prevenir e tratar pragas e doenças de forma eficaz, incluindo soluções caseiras.

Ficha técnica do Astrophytum myriostigma

  • Nome popular: Chapéu de Bispo, Cacto Estrela, Bonete de Frade
  • Nome científico: Astrophytum myriostigma
  • Família botânica: Cactaceae
  • Origem: Regiões áridas do México, especialmente Coahuila e Nuevo León
  • Tipo de planta: Cacto ornamental, de crescimento lento
  • Expectativa de vida: Pode ultrapassar décadas quando bem cultivado
  • Flores: Amarelas com centro alaranjado, surgem na primavera e no verão

Características botânicas

O corpo do Astrophytum myriostigma pode variar de globoso a cilíndrico, alcançando até 90 cm de altura em ambiente natural, embora em cultivo doméstico dificilmente ultrapasse 30 cm. Sua forma estrelada, geralmente com cinco costelas, pode variar de três a oito costelas em diferentes indivíduos ou variedades.

O nome “myriostigma” significa “inúmeras manchas”, em referência à superfície salpicada de tricomas brancos, que protegem o cacto da radiação solar.

As flores são grandes e amarelas, com centro alaranjado, e aparecem no ápice da planta durante a primavera e o verão.

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Como cultivar o Astrophytum myriostigma

1. Iluminação

Necessita de muita luz. Deve ser cultivado sob sol pleno ou receber no mínimo 4 a 6 horas de sol direto diariamente. Em regiões muito quentes, convém protegê-lo do sol da tarde, especialmente quando jovem.

2. Solo e substrato

Prefere substrato extremamente drenável, imitando seu habitat natural, pedregoso e pobre em matéria orgânica. Uma mistura recomendada:
  •  40% areia grossa lavada ou perlita
  •  40% terra vegetal peneirada
  •  20% material orgânico bem decomposto (composto, húmus ou esterco curtido)
Cobrir a superfície com pedriscos ajuda na drenagem e confere melhor acabamento estético.

3. Rega

O Chapéu de Bispo não tolera encharcamento. Regue apenas quando o substrato estiver completamente seco. No verão, pode ser necessário uma rega semanal; no inverno, muitas vezes basta uma rega mensal ou até nenhuma, dependendo do clima.

4. Temperatura

Resiste bem ao calor, mas não suporta frio intenso nem geadas. Deve ser cultivado acima de 10 °C. Em locais frios, o cultivo em vasos facilita a proteção no inverno.

5. Adubação

A adubação deve ser moderada. Prefira fórmulas ricas em fósforo e potássio, aplicadas a cada três meses. O excesso de nitrogênio deixa os tecidos mais moles e vulneráveis a doenças.

Como adubos caseiros, podem ser usadas cinzas de madeira (potássio) e cascas de ovo trituradas (cálcio).

6. Floração

Para florescer, além de muita luz, precisa de um período de repouso no inverno, com menor rega e temperaturas mais baixas. Esse descanso estimula a formação de botões florais.

7. Propagação

A multiplicação se dá principalmente por sementes, já que raramente emite brotações laterais. O processo é lento, mas recompensador para colecionadores.

8. Pragas e doenças no Chapéu de Bispo

Apesar de resistente, o Astrophytum myriostigma pode sofrer com pragas e doenças, especialmente se cultivado em condições inadequadas de rega ou ventilação. A seguir, os principais problemas, com nomes populares e científicos, além de métodos de controle, inclusive caseiros.

1. Cochonilhas (Planococcus citri, Dactylopius sp.)
Sintomas: manchas brancas ou algodonosas na superfície da planta, especialmente nos sulcos das costelas e nas raízes (cochonilha de raiz).
Controle:
Caseiro: limpar manualmente com cotonete embebido em álcool 70%.
Pulverizar solução de água com sabão neutro (1 colher de sopa por litro).
Óleo de neem é eficaz no controle preventivo.

2. Ácaro-rajado (Tetranychus urticae)
Sintomas: pequenas manchas amareladas e aspecto enfraquecido na epiderme. Em ataques severos, forma teias finas.
Controle:
Pulverizar com enxofre solúvel diluído em água.
Alternativamente, usar chá concentrado de alho como repelente natural.

3. Podridão radicular e do colo (Phytophthora spp., Pythium spp.)
Sintomas: escurecimento da base, tecido mole e mau cheiro.
Controle:
Preventivo: evitar excesso de água e usar substrato bem drenado.
Curativo: remover a planta do vaso, cortar as partes afetadas com lâmina esterilizada, polvilhar canela em pó (fungicida natural) e replantar em substrato seco.

4. Podridão (Fusarium spp.)
Sintomas: manchas amarronzadas internas que progridem até matar o tecido.
Controle: difícil de reverter; a prevenção é o melhor caminho. Manter higienização das ferramentas e evitar ferimentos no cacto.

5. Ferrugem-do-cacto (Phoma herbarum)
Sintomas: pequenas lesões circulares marrons ou alaranjadas, que podem crescer e deformar a planta.
Controle:
Aplicar solução de bicarbonato de sódio (1 colher de chá em 1 litro de água) como medida caseira.
Melhorar a circulação de ar e evitar excesso de umidade.

Dica importante: a maior parte dos problemas no Chapéu de Bispo está ligada a excesso de água e substrato inadequado. Cultivar em solo bem drenado e respeitar os períodos de seca é o melhor preventivo.

Astrophytum myriostigma em coleções ornamentais

O Chapéu de Bispo é muito valorizado por sua estética única. Existem variedades raras, como o Astrophytum myriostigma nudum, sem tricomas, e o Astrophytum myriostigma cv. Fukuryu, com costelas extras. Essas formas são disputadas em coleções e feiras especializadas.

Curiosidades sobre o cacto Chapéu de Bispo 

O formato estrelado rendeu o nome Astrophytum, que significa “planta estrela”.
Geralmente não possui espinhos, o que o torna mais seguro para cultivo em ambientes internos.
É um cacto de crescimento extremamente lento, e alguns exemplares em coleções chegam a ter mais de 30 anos.
Seu habitat natural, no México, vem sendo reduzido pela coleta ilegal e pela degradação ambiental.

Perguntas e Respostas sobre o Chapéu de Bispo

1. O Chapéu de Bispo pode ser cultivado dentro de casa?
Sim, desde que receba bastante luz natural, de preferência junto a uma janela ensolarada.

2. Quanto tempo demora para florescer?
De 3 a 6 anos após o plantio por sementes, variando conforme o manejo.

3. Precisa de poda?
Não. Apenas remova flores secas e partes eventualmente danificadas.

4. Qual o melhor tipo de vaso?
Vasos de barro ou cerâmica são os mais indicados, pois favorecem a evaporação da água e reduzem o risco de fungos.

5. É tóxico?
Não há registros de toxicidade relevante, mas não deve ser ingerido.

Conclusão

O Astrophytum myriostigma, popularmente conhecido como Chapéu de Bispo, é uma verdadeira preciosidade da jardinagem ornamental. Sua forma única, floração delicada e fácil adaptação ao cultivo em vasos fazem dele uma das espécies mais desejadas por colecionadores.

Com substrato adequado, luz abundante e regas controladas, o Chapéu de Bispo pode viver por décadas, oferecendo não apenas beleza, mas também a satisfação de cultivar um cacto que é símbolo de equilíbrio entre simplicidade e sofisticação.

Como cultivar ora-pro-nóbis

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